terça-feira, 15 de fevereiro de 2011 0 comentários By: Fredolento

Corpo e mente; que tal correr um pouco?

 Devagar e sempre

Como superar as ciladas típicas da fase 
de ínicio ou retomada dos treinos


O primeiro passo geralmente é o mais díficil. Esteja você começando a correr ou retornando após um período de molho, os obstáculos psicológicos dessa fase muitas vezes soam insuperáveis. Segundo Daniel Lieberman, biólogo especialista em evolução humana da Universidade de Harvard (EUA) e maratonista, a maioria das pessoas parece ter um limiar a ser transposto quando começa ( ou recomeça) a treinar. "Leva tempo para os vasos sanguíneos responderem, para seu coração aumentar e ficar mais forte", explica ele. "Mas a boa notícia é que nosso corpo é incrivelmente adaptável,"
 Corredores que estão retornando as atividades sabem que serão recompensados por insistir. Mesmo assim, é facíl desanimar, principalmente quando outros corredores o ultrapassam com facilidade, respirando como se tivesse um suprimento secreto de oxigênio. Veja como superar as frustrações comuns desse ínicio.


 A SEGUNDA SEMANA PARECE
MAIS DÍFICIL QUE A PRIMEIRA

 É normal sentir um pouco de rigidez após uma semana de exercícios. "Ficar dolorido pode ser um sinal de que seus músculos estão se adaptando", explica John Henwood, representante da Nova Zelândia na Olimpíada de 2004 (nos 10 000 metros), que hoje é treinador em Nova York (EUA). Mas, se você estiver se arrastando de tanta dor, é provavel que tenha se entusiasmado um pouco demais. "Ao começar um programa de corrida, seus músculos estão frescos e você pode ter uma descarga de adrenalina e ficar otimista demais", explica Henwood. "Na semana seguinte, você poderá sentir as conseguências."
 De acordo com Art Liberman, coautor do livro The Everything Running Book, corredores experientes podem cair nessa armadilha se acharem que vão retornar a quilometragem ou a velocidade de onde pararam. "Você não percebe o exagero porque no ínicio se sente ótimo", afirma Liberman sugere começar com - e manter - uma meta conservadora, como correr/ caminhar por 20 minutos. Terminar um treino sentido que seria capaz de fazer mais aumenta sua confiança e é melhor do que sentir acabado e desanimado. Para aumentar a quilometragem, não ultrapasse os 10% por semana.


5 KM AINDA SÃO DIFÍCEIS

 Conseguir correr 5 Km confortavelmente  costuma ser visto como um sinal de que você se tornou um corredor. Lembre-se: chegar a esse ponto pode levar d eum a cinco meses, dependendo de seu nível de condicionamento e de sua expêriencia anterior a corrida. Veteranos que estão retornando os treinos não demoram tanto para chegar a essa zona de conforto, diz Tony Ruiz, treinador de corridasd de longa distância em Nova York e maratonista ( com tempo de 2h34). Corredores iniciantes ou ainda acima do peso em geral necessitam de maior tempo de adaptação. "Quando você está aprendendo uma nova atividade, seu cérebro precisa criar novos caminhos que darão menória aos músculos", explica Ruiz. "Vai chegar uma hora em que você deixará de pensar em cada passo dado. O movimento se torna natural. Aí é possível relaxar."
   Mas, se você só conhecer um ritmo - o mais rápido possível - 5 KM nunca parecerão fáceis. Transformar cada corrida em um treino de velocidade fará de cada sessão um desafio -  e o deixará suscetível a lesões.


 MESMO UMA CORRIDA CURTA ME
DEIXA INCRIVELMENTE DOLORIDO

  "Correr exige movimento de praticamente todas as partes do seu corpo", diz Ruiz."Se várias dessas partes tiverem ficado sem uso por algum tempo, se é que já foram usadas, você poderá se sentir meio que quebrado". Para amenizar esses desconfortos  iniciais, Ruiz recomenda buscar superfícies macias, como trilhas de terra, sempre que possível. Além disso, mantenha-se em terrenos planos, pois subidas demandam ainda mais. Alterne a corrida com outros esportes, como natação, ciclismo ou ioga. Pesquisas mostram que exercícios leves no dia seguinte a um treino pesado podem aliviar a dor.
 Daniel Lieberman também incentiva os corredores a se concentrarem na intensidade de sua passada e a tentarem aterrissar de forma mais leve e suave. "Muitas pessoas batem os pés no chão", diz. "Esse impacto pode causdar danos."
 Finalmente, cuide-se; alongue-se depois de correr - pelo menos quadríceps, posteriores de coxa e panturrilha, faça gelo nos pontos doloridos ou propensos a lesões e durma bem.


 OUTROS CORREDORES CONVERSAM,
MAS EU ESTOU SEM FÔLEGO

 Desacelere. Se você não consegue manter uma conversa, é porque está indo rápido demais. "Há um nível confortavél para cada um - alguns corredores podem conseguir conversar correndo a um ritmo de 5 minutos por km; outros, 7 minutos por km", diz Art Liberman. Verefique também sua postura. "A tensão pode afetar a respiração", afirma. "Deixe as suas mãos soltas e os dedos fechados, mas não cerrados. Relaxe e abaixe os ombros, afastando-os das orelhas."
 
    BATALHA MENTAL
     DICAS PARA VENCER A MENTE E IR PARA AS RUAS

 ~> FOQUE NO TEMPO
desesperá-lo. Em vez disso, tenha 
metas em tempos. Elas permitem que
você simplesmente corra, sem a pres-
são de ter que cobrir uma distância.


~> PENSE LÁ NA FRENTE
 Quando correr é a última coisa
que você quer fazer, lembre-se de
como se sente bem depois do treino.
Essa lembrança por si só pode leva-ló
a sair de casa.


~> PLANEJE RECOMPESAS
 Já na segunda-feira, estabeleça 
que você terá um agrado no sábado
caso cumpra suas metas de corrida
durante a semana. Sorvete é mais
gostoso quando recebemos.


~> ENCARE OS PROBLEMAS
 Em vez de tentar bloquear o descon-
forto e os pensamentos negativos,
reconheça-os e busque uma solução.
Concentrar-se no que voxê está sen-
tindo pode ajudar a encontrar uma 
forma produtiva de evoluir - seja 
mudando a postura ou alternando
corrida com caminhada.




 Fonte: revista RUNNER'S WORLD -Fev 2010
sábado, 12 de fevereiro de 2011 0 comentários By: Fredolento

Humor: Novíssimo dicionário machista brasileiro

A
POR MAURÍCIO MEIRELLES

ADULTÉRIO Ato esporádico cometido por nove em cada dez homens diariamente, exceto aos domingos. Catalisador da economia nacional, fomenta a venda de flores, chocolates e perfumes como pedidos de desculpas.

ÁLCOOL Substância mágica capaz de transformar desconhecidos em amigos, baladas chatas em agitadas e principalmente mulheres feias em maravilhosas. Fundamental se usado com moderação. Perigoso se usado em excesso. Preocupante se usado durante Alejandro, de Lady Gaga.

ÂNUS Do latim anus: desafio, conquista, intimidade. Do grego anus: rotina, dia a dia, amigos sarados e lindos.



MAURÍCIO MEIRELLES (@maumeirelles)
é comediante stand-up, roteirista, redator, escritor e analfabeto


B
POR RONALD RIOS


BACANAL Situação em que todo homem sonha em se envolver. Mas que, se souber que a noiva já passou por um, vai sangrar pelos ouvidos durante horas.

BOFETÃO Algo que você deve evitar. Alguns dizem que a mulher gosta. Outros dizem que não, não gosta. Não pratique o bofetão. A menos que pretenda entrar para A Fazenda futuramente.

BUNDA Parte do corpo em que na mulher é obrigatória toda utilização que o homem desejar – isto é, se ela realmente amar o parceiro. No homem… Bom, se eu estiver de pé e ela ajoelhada, pode segurar para ter algum apoio.


RONALD RIOS (@ronaldrios)
é apresentador da MTV e da Jovem Pan



C
POR CARLOS CASTELO


CABAÇO Unidade de medida do machista. “Fiz 12 cabaços neste mês.” “Era uma cabaço, mas fiz o sacrifício de pegar.”

CANÇÃO Composição de caráter romântico que objetiva chamar a atenção das pessoas do sexo feminino para fazê-las ceder mais facilmente aos apelos lascivos do macho.

CASAMENTO Combinação íntima e harmoniosa entre mulher e homem desde que a primeira obedeça ao segundo.

CERVEJA Bebida obtida da fermentação de cereais que todo machista sorve enquanto conta no bar quantas “lebres” abateu naquele dia.

COZINHA O altar da mulher.


CARLOS CASTELO (@castelorama)
é redator publicitário e escritor



D
POR TIO DINO


DARWINISMO Teoria evolucionista fundamentada na seleção natural. Em uma balada, naturalmente você vai querer a mais gata. Gíria darwiniana: “Só as selecionadas”.

DESTILADO Bebida de macho. Recomendável que tenha 18 anos ou mais; caso contrário, o risco de dor de cabeça é enorme. Sinônimo: posição sexual. Exemplo: “Não dá daquele, vai destilado”.

DEUS Adesivo de carro. Exemplo: “É Deus no céu e nóis no Corcel”.

DIABO Playboy banido do céu. Assume diversas facetas, mas a mais conhecida é a do cunhado pedindo dinheiro emprestado. Feminino de cunhada gostosa. Exemplo: “Essa irmã da minha mulher é uma diaba…”

DILDO Homem portátil. Não telefona no outro dia, mas a mulher sempre sabe onde encontrar. Galhofa; cantada grosseira. Exemplo: “Meu nome é Dildo se serve de consolo”.

DRAGÃO Monstro fabuloso materializado geralmente no fim de uma festa. Multiforme, apresenta-se gorda, magra, alta ou baixa. Imperceptível durante a embriaguez.


DINO CANTELLI (@tiodino) é publicitário
e redator de humor na internet inteira



E
POR EDSON ARAN


EDITOR Indivíduo que separa o joio do trigo e publica o joio. Escritores e jornalistas atribuem a ele extrema voracidade sexual: “Estava legal, mas o editor fodeu tudo!”

EJACULAÇÃO País oriental que faz fronteira com o Paquistão (abaixo), o Afeganistão (acima) e com o Xavascão (abaixo, em cima, de ladinho etc.).

ENERGÚMENO Maneira pela qual o editor se refere a seus inúmeros colaboradores, que segundo ele possuem enorme furor sexual: “Podia ter ficado legal, mas o energúmeno fodeu tudo!”

EREÇÃO Ato ou efeito de prestar homenagem espontânea a uma mulher, que diante de tal honraria deve pôr-se de joelhos e agradecer com beijinhos.

EXCEÇÃO Toda regra tem exceção: às vezes atrasa, às vezes adianta.


EDSON ARAN (@EdsonAran)
quando não está escrevendo bobagens é diretor de redação da PLAYBOY



F
POR FRAGA


Para o homem, Deus deu missão; para a mulher, submissão

FEMINISMO Maridos têm sua jornada de trabalho; mulheres têm direito à dupla jornada.

FETICHE Para os pés da mulher, o louvor do dia a dia; para as mãos, o labor de pia a pia.

FIDELIDADE Marido e mulher devem ser fiéis ao marido.

FINANÇAS Homens aplicam o que podem em investimentos; mulheres, em vestimentas.


FRAGA (@F_R_A_G_A)
é porto-alegrense, jornalista, publicitário e tuiteiro



G
POR NIGEL GOODMAN


GARAGEM Lugar onde uma mulher consegue dar perda total em um carro.

GATA Ver “Irmã mais nova da sua namorada”.

GEMIDO A resposta certa para todas as perguntas de um homem.

GENÉTICA Motivo pelo qual se termina com uma mulher depois de conhecer a mãe dela.

GILETE Objeto que, assim como a escova de dentes, a sua mulher acha que você não vai perceber que ela pegou emprestado.(Adj.) Aquele teu priminho estranho e o amiguinho dele.

GORDA Condição que obriga a mulher a ser safada na cama para compensar.

GOSTOSA Ver “Amiga da faculdade da sua namorada”.

GRÁVIDA Motivo pelo qual se deve usar camisinha ou dar nome e número de telefone falsos.


NIGEL GOODMAN (@nigelgoodman)
é um jovem comediante stand-up e roteirista carioca



H
POR HÉLIO DE LA PEÑA


HÍMEN Lacre original de fábrica cultuado por homens que não aceitam modelos usados ou seminovos.

HISTÓRIA Conjunto de fatos relatados como acontecimentos reais e verdadeiros pelo macho à sua fêmea ao chegar bêbado às 3 e meia da madrugada e com marcas de batom na cueca.

HOMEM Embalagem constituída de carne, ossos e vísceras que envolve uma espécie de vibrador também chamado de pênis e cujo uso prescinde de pilha ou bateria, mas que nem sempre funciona sem Viagra.

HONESTIDADE Qualidade atribuída ao macho que possui a habilidade de convencer a fêmea de que sua história é de fato verdadeira.


HÉLIO DE LA PEÑA (@lapena)
é humorista do Casseta & Planeta



I
POR IVAN LESSA


ILHÓ Orifício ou perfuração em pedaço de pano, papel ou couro que em hora de perigo serve de doce abrigo de Eros para os excessivamente românticos.

IRENE MATTOSO TELLES 36 anos, 1m62 de altura, natural de Sergipe e ora residente à Rua Camarilha Coutinho, no bairro de Perdizes, em São Paulo, número 68, apartamento 501, 5o andar. Marcar antes pelo telefone celular: (11) 87024-7865. Atende das 14 às 18 horas. Preços módicos. Não aceita cheque nem cartão de crédito.

IR NA SOPA Dizia-se também até 1937 molhar o biscoito, mandar o menino para o colégio, tacar-lhe ferro e outras expressões chulas ou ainda xulas conforme se grafava antes de uma dessas habituais reformas ortográficas. Com a Constituição popularmente chamada de “polaca”, da ditadura de Getúlio Vargas, a expressão foi proibida sob pena de prisão, tortura e companhia indesejável de comunistas, todos eles por sinal fanchonas (ver letra F) e escrevendo livros de memórias.

IVAN LESSA Olhaí, moça, qualquer coisa estamos aí, hein? Ainda levas algum para as verduras.


IVAN LESSA
é colunista da PLAYBOY



J
POR FÁBIO PORCHAT


Palavra que designa ação imediata. Muito utilizada por homens quando necessitados de alguma coisa. Exemplo: “Mulher, vai pegar uma cerveja pra mim… já!”

JOELHO Responsável direto e auxiliador da clássica posição feminina “de quatro”. Sem ele seria só papai-e-mamãe.

JOVEM Característica fundamental para uma mulher ser comida.

JUIZ Responsável direto pela infelicidade do homem tanto no casamento quanto no futebol. Vulgo: safado, corno, babaca, filho da puta.

JUMENTO Animal ao qual o homem se assemelha no momento em que diz “Sim” perante o padre.


FÁBIO PORCHAT (@fabioporchat)
é comediante e integrante do grupo Comédia em Pé



L
POR IVAN LESSA


LANGO-TANGO Nada a ver com Carlos Gardel. Nome dado na antiga Nigéria ao membro masculino longo e curvado para a esquerda de quem vem. Chegou ao Brasil na leva de 1676. Muitos juram que ainda anda, por assim dizer, em noites escuras como o breu, por aí, à cata de incautos.

LESSA, IVAN Desculpe a insistência, senhorita, mas faço questão de lembrar que qualquer coisa estamos aí. Topo até mesmo ser segundão, tá? E ainda levas uma nota boa. Kiss, kiss.

LINGAM Também conhecido por Linga. Variação indiana de falo. Símbolo da procriação, embora inadequado para a adoração de animais de pequeno, médio ou grande porte. Supostamente transmite energia. Daí eles serem tão bons em informática. Em conjunção com Yoni (ver letra Y), que muitos dos analfabetos hindus, uns 78% da população, escrevem com I, pode ser usado para adorar o deus Shiva. Shiva se diverte para valer vendo o doloroso espetáculo (Ai! Não! Tá doendo! Tira! Tira!). São debochados os deuses indianos.

LÍNGUA Órgão sexual não reprodutor para aqueles precocemente broxas, simplesmente velhos ou chegados loucamente a uma felação, faltando a eles apenas a coragem para sair do armário e armar o boquete (ver letra B) no objeto de seus desejos, geralmente tipos com nome próprio terminado em “ão”.

LORTO Buzanfã, cachorro, traseiro, bumbum, bunda, esse negócio que tanta gente boa se preocupou em empinar a fim de se eleger deputado ou senador.


IVAN LESSA (ver letra I)



M
POR MARCELO MADUREIRA


MAMA Sustantivo femininino do latim mamma. Órgão glandular geralmente em número de dois na mulher. Serve para ser preenchido com silicone.

MAMOGRAFIA Espécie de caligrafia praticada com uma caneta ou um lápis encravados entre os seios.

MENSTRUAÇÃO Substantivo feminino. Período do mês entre uma semana e dez dias dedicado à prática de pelada, pescaria ou cervejada com amigos. Em alguns casos (raros) de mulheres mais solidárias, também serve para a prática do sexo por vias heterodoxas.

METE TUDO! Forma jocosa, debochada e ofensiva da fêmea de se referir ao tamanho diminuto do membro do parceiro durante o coito, uma vez que o referido membro já se encontra todo lá dentro há muito tempo.

MOCREIA Substantivo feminino. Mulher obsessiva que gosta de se dedicar à política. Em geral se candidata à presidência da República.

MOITÃO Substantivo masculino. Ver “Claudia Ohana”.

MUMBAÇA Substantivo feminino, do tupi mü’ baça. Região entre o ânus e a entrada da vagina também conhecida popularmente como “campinho”, lugar onde a gente bate bola.

MUVUFA O mesmo que “mumbaça”, só que bem mais peluda.


MARCELO MADUREIRA
é humorista do Casseta & Planeta



N
POR NANI


NABA O pênis masculino. Exemplos: “Quer pegar na minha naba?”; “Vou te passar a naba”.

NEGÃO Personagem de anedota normalmente bem-dotado e que entra na narrativa humorística com o membro viril ereto e não deixa prega sobre prega.

NOIVADO Noivado tem de ser curto. Um noivado longo é perigoso porque pode chegar ao ponto de não ter retorno. Foi o caso de Geraldo, que ficou noivo de Conceição durante 30 anos. Queria terminar a relação, mas não tinha coragem, já que empatara a noiva durante tanto tempo. Um amigo sugeriu que ele escrevesse uma carta terminando com ela. Geraldo escreveu e postou no correio. No mesmo dia Conceição o procura trazendo a carta ainda fechada. “Geraldo, que é isso? Recebi uma carta sua. Nem abri.” E o Geraldo: “Não abre não que é notícia ruim”.

NUA Mulher bonita fica nua; mulher feia fica pelada.

NUM CANTO ESCURO Num canto escuro, se não estiver acontecendo um assalto ou uma mijadinha básica, com certeza tem alguém comendo alguém.


NANI é cartunista


O
POR PEDRO LEITE


OLHAR 43 Aquele assim, meio de lado, já saindo, indo embora, louco por você, que o Paulo Ricardo usou para comer a tua mãe em 1986.

ONANISMO Estimulação ao mesmo tempo manual e lúdica dos órgãos genitais com fins recreativos. O onanismo se prova mais vantajoso do que o ato sexual que emula devido ao menor número de pessoas que ficam decepcionadas com o seu desempenho no final.

ÓPERA Gênero da música erudita no qual um zé-ninguém passa 2 horas reclamando da vida e tentando pegar uma gorda vestida da maneira mais esdrúxula possível ao som de uma música insuportável. Bastante parecido com o seu baile de formatura do colégio.

ORDEM E PROGRESSO Lema positivista da República Federativa do Brasil estampado na bandeira nacional e não condizente com os verdadeiros anseios da população, que preferiria: “A Cleo Pires é gostosa”.

ORGASMO Momento em que o prazer chega a seu grau máximo de intensidade causando ejaculação e posterior pedido de desculpas à parceira. O segundo maior prazer que uma pessoa pode obter nua depois de zerar Super Mario Bros. no Super NES pelado.

OTTO Criatura folclórica pernambucana dotada do poder mágico e sobrenatural de mesmo sendo feio, barrigudo e parecido com o Patropi só pegar mulher gata.


PEDRO LEITE (@pedroleite82)
é redator do Furo MTV


P
POR PIANGERS


PAIXÃO Modo informal de chamar a esposa quando esquecemos seu nome.

PAPA-ANJO (Bras. Pop.) Pessoa que prioriza o relacionamento com parceiro mais novo. Se for homem, ver letra F, “feliz”. Se for mulher, ver letra M, “Marília Gabriela”.

PORTA DOS FUNDOS Entrada mais apertada e incomum. Bastante cobiçada, tem não raramente acesso restrito, o que torna necessária uma negociação com a dona da casa. (Ver letra M, “manteiga”; ver letra T, “tequila”.)

PRA CASAR (Adj. Chulo.) Refere-se à mulher perfeita para contrair matrimônio, a saber: aquela que lava, passa e cozinha; vem de família rica (mãe falecida); lembra fisicamente a Scarlet Johansson; adora sexo; não gosta de sair de casa; é muda.

PROSTITUTA Mulher que pratica sexo melhor que a sua namorada sem pedir para dormir de conchinha.

PUNHETA Forma de manter o casamento gastando pouco.


PIANGERS (@piangers)
é jornalista e faz humor em rádio, TV e jornal em Porto Alegre


Q
POR HÉLIO DE LA PEÑA


QUEIXO Extremidade inferior da face humana que nos indivíduos de sexo masculino não tem a menor importância; quando a parte está localizada no rosto feminino e é responsável pela desarmonia dos traços pode provocar sérios traumas na fêmea e um enriquecimento profundo no cirurgião plástico.

QUILOGRAMA Unidade de massa que acima de certa quantidade costuma ser encontrada nos quadris, nos culotes e na barriga da fêmea localizada nas clínicas de lipoaspiração. O quilograma também é frequentemente visto na companhia de estrias e celulites nas fotos das gostosas de revistas masculinas antes de ser tratadas no Photoshop*.
* Programa de computador completamente desconhecido na redação da revista PLAYBOY


HÉLIO DE LA PEÑA (ver letra H)


R
POR LUÍS PIMENTEL


RABO De foguete, de arraia, preso, quente, de papagaio. “Não podia ver um rabo de saias; nem sem” (Silas Abrelas). Todos os poetas já o cantaram. Não necessariamente ao pé da letra.

REDONDO Em alguns estados nordestinos, sinônimo de redondilha; nos anais do sexo anal, exatamente o que você está pensando. A Terra é redonda, mas cabem muitas bestas quadradas.

REGO “Eu rego as plantas”, ela diz. “E eu rego o seu”, ele responde pouco antes de as almofadas voarem. Minha amiga Fernanda Precioso se casou com o meu amigo Ricardo Rego. O sobrenome dela ficou muito sugestivo.

RELAÇÃO Mulher gosta de discutir; o homem, de agir. Sobretudo no trem lotado, quando a relação vira uma ralação positiva.

RITUAL Fundamental antes do sexo. As mulheres investem nos jogos preliminares. Os homens, mais práticos, preferem os rigores do jogo, no qual a regra vermelha é clara: linha de fundos, tiro de meta, penetração pelo meio, esses fundamentos.

ROLA É um passarinho às vezes manso, às vezes assanhado. A mulher do vizinho brincando de abrir a gaiola: “Vem, bem, põe a rolinha pra cantar”. Os pássaros são muito sonsos.


LUÍS PIMENTEL
é jornalista e escritor e não tem blog nem Twitter


S
POR SILVIO LACH


SAL O Ministério da Saúde adverte: sexo só é bom para combater a pressão alta se for praticado com mulheres sem sal.

SANTA É a que berra “Oh, God” enquanto copula.

SEXO Basta comer a melhor amiga para perder a melhor amiga. Não é à toa que a palavra “sexo” tem “ex” no meio.

SOCIEDADE Como diria um Rousseau desses da vida: “O hímen nasce bom; a sociedade é que o rompe”.

SOLIDÃO Sentimento que acomete os homens após uma semana inteira ao lado da mesma mulher.

SOLTEIRO Estado civil de todos os homens, inclusive os casados.


SILVIO LACH (@silviolach)
é colunista de humor e editor da revista M


T
POR ADRIANO MATTOS


TARADO Homem casado que transa com a própria esposa.

TOILETTE Banheiro de afrescalhado.

TORTURA Último capítulo de novela

TPM Época em que a sua mulher é substituída por um membro do Talibã.

TROCA-TROCA Oportunidade de comer a mulher dos outros à custa da fama de corno.


ADRIANO MATTOS
é publicitário. Seu alter-ego @amatos30 é tuiteiro e vive de renda


U
POR ULISSES MATTOS

UCRANIANA Verdadeira nacionalidade de grande parte das mulheres de sites com fotos de “lolitas russas”, mas você nem se importa. Origem da escritora Clarice Lispector, que possuía o extremo talento de ser compreendida em sua plenitude apenas por leitoras do sexo feminino, assim como as etiquetas de roupa com instruções de lavagem.

UMBIGO Parte do corpo em que mulheres mais liberais passaram a usar piercing, peça que equivale a uma placa com a inscrição “O buraco é mais embaixo”.

UMIDADE Sensação que a mulher deve sentir em maior grau ao entrar no carro importado de quem a corteja, conferir o extrato bancário do parceiro ou ouvir um sussurro ao pé da orelha dizendo: “Você é mil vezes melhor do que a minha esposa”.

URRO Som utilizado pelo sujeito para descrever aos amigos a reação sonora que sua nova conquista teve durante a cópula com ele. Som emitido de maneira completamente justificável quando o homem é atingido por golpe em sua bolsa escrotal. Som emitido de maneira exagerada quando a mulher passa por parto natural.


ULISSES MATTOS (@ulissesmattos)
é jornalista, roteirista de humor, comediante stand-up e piloto do @na_Kombi


V
POR PEDRO LEITE


VAIDADE Preocupação excessiva com a aparência e as qualidades físicas encontrada nas mulheres, nos David Beckhams e rara e subitamente em alguns homens que acabaram de se lembrar que têm um encontro daqui a meia hora e estão completamente inaptos para o convívio social ou até mesmo parecidos com o Cumpádi Washington devido a semanas de negligência para com as rotinas higiênicas e cosméticas mais básicas do ser humano.

VIADO Amigo da sua mulher para quem você terceiriza suas emoções, gentilezas e opiniões sobre mudanças no penteado dela.

VIOLÃO Instrumento musical de prestidigitação capaz de fazer com que aquela gatinha esqueça todas as suas óbvias falhas de caráter e se encante por você após ouvi-lo tocando uma versão resumida e desafinada de More Than Words durante um desanimado churrasco.

VIZINHA Subgênero da espécie humana caracterizado pelas lingeries sensuais penduradas no varal, pela bunda convidativa e pelo marido disposto a encher você de porrada na primeira oportunidade.

VULVA Parte externa da genitália feminina que inclui o clitóris e a vagina e destinada exclusivamente ao prazer. O equivalente ao controle remoto da TV a cabo no corpo masculino.


PEDRO LEITE (ver a letra O)


X
POR ULISSES MATTOS


XADREZ Jogo de tabuleiro que sugere a superioridade intelectual do homem dado o baixo número de mestres do sexo feminino. Forma antiga de designar o local para o qual você é enviado se não pagar pensão à ex-mulher que possui todos os membros (sendo dois superiores e dois inferiores) em condições de executar trabalhos que lhe permitam autossuficiência.

XAVECO Modalidade de galanteio para quem não conta com bens materiais ao alcance visual da fêmea.

XEPA O ano de 2030 – quando você finalmente terá condições de pegar as mulheres-frutas surgidas recentemente como dançarinas de funk.


ULISSES MATTOS (ver a letra U)


Z
POR ADRIANO MATTOS


ZANGÃO Sujeito macho pra cacete: não come mel, come abelha.

ZAPEAR Ato de trocar de canal até encontrar uma mulher pelada.

ZONA Local visitado por machos todos os dias e por políticos no Dia das Mães.

ADRIANO MATTOS (ver a letra T)


fonte: Playboy Janeiro de 2010
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011 0 comentários By: Fredolento

“Assexuais” Conheça mais sobre a nova tribo que não gosta de sexo

Assexualidade é a ideia de orientação sexual caracterizada pela indiferença à prática sexual, ou seja, o assexual é um indivíduo que não sente atração sexual, tanto pelo sexo oposto quanto pelo sexo igual. Algumas pessoas acreditam que a assexualidade não é uma orientação sexual mas uma disfunção sexual. E também existem algumas pessoas que não acreditam na existência da assexualidade.
 
 
Eles não são gays, nem héteros, nem bissexuais. Apenas não gostam de transar. Não sentem atração nem por homens e nem por mulheres. Defendem a abstinência e lutam para serem reconhecidos como uma nova orientação sexual.

Assexuados, esta será provavelmente a quarta orientação sexual, além de héteros, homossexuais e bissexuais. Essa tribo defende e luta em favor da abstinência, ou seja, de não transar, nem beijar, nem qualquer forma de carinho ou contato íntimo.

Variações

 Há diferenças entre as pessoas que se identificam como assexuais, principalmente entre elas a presença ou ausência de uma direção sexual ou atração romântica. Alguns experimentam apenas um desses, enquanto outros experimentam ambos, e ainda outros nenhum deles. Há uma discórdia sobre qual dessas configurações pode genuinamente ser descrita como assexual. Enquanto um número de pessoas acreditam que todas as variações sejam qualificadas como tal, muitas outras acreditam que para ser assexual, deve-se ter falta de direção sexual, atração romântica ou ambos.

A direção sexual desses assexuais que têm uma, não é dirigida a nada; é apenas um desejo por estimulação sexual ou liberação. Pode variar de fraco a forte, e de raro a frequente. Alguns assexuais experimentam sentimentos sexuais mas não têm desejo de fazer o ato, enquanto outros procuram liberação sexual, seja via masturbação ou por contato sexual, ou ambos.

Para aqueles assexuais que experimentam sentimentos de atração romântica, ela pode ser direcionada para um ou ambos os gêneros. Esses assexuais frequentemente têm desejos por relacionamentos românticos, variando de ligações casuais até casamento, mas frequentemente não querem que essas relações incluam atividade sexual. Por causa dessa orientação sexual, alguns assexuais se descrevem como assexuais gays, bissexuais, ou heterossexuais; isso é relacionado ao conceito de orientação afetiva.

Aqueles assexuais que não querem relacionamentos românticos estão numa posição difícil, já que a maioria das pessoas não são assexuais. Assexuais capazes de tolerar o sexo podem fazer par com não-assexuais, mas então sua falta de atração pode ser psicologicamente angustiante para seu companheiro, fazendo um romance de longa duração difícil. Assexuais que não podem tolerar o sexo devem ou se comprometer com seus companheiros e ter uma certa quantidade de qualquer jeito, dar a seus companheiros permissão de procurar sexo em algum outro lugar, ter relacionamentos sem sexo com aqueles poucos que ele tem desejo, só namorar outros assexuais, ou ficarem solteiros.

Alguns assexuais usam um sistema de classificação desenvolvido (e então aposentado) pelo fundador da Asexual Visibility and Education Network, uma das principais comunidades online de assexuais (abreviada como AVEN). Nesse sistema, assexuais são divididos em tipos de A a D: um assexual do tipo A tem direção sexual, mas sem atração romântica, um tipo B tem atração romântica mas não tem direção sexual, um do tipo C tem ambos, e o tipo D, nenhum. As categorias não significam que são inteiramente discretas ou "escritas na pedra"; o tipo de uma pessoa pode mudar, ou pode-se estar na fronteira entre dois tipos. Note que a própria AVEN não usa mais esse sistema, já que ele é muito exclusivo, mas um número de assexuais ainda a sentem como uma ferramenta útil para explicar sua orientação.

Note que a assexualidade não é o mesmo que celibato, que é a abstinência deliberada de atividade sexual; muitos assexuais fazem sexo, e a maioria dos celibatários não são assexuais.

Atração

Muitos assexuais experimentam a atração, mas não sentimos a necessidade de agir sobre essa atração sexualmente. Em vez disso, sentimos um desejo de conhecer alguém, de nos aproximar dessa pessoa da forma que funciona melhor para nós. Assexuais que sentem atrações muitas vezes são atraídos por um gênero em particular, e se identificarão como gay/lésbica, bi ou hetero.

Excitação Sexual

Para alguns assexuais a excitação sexual é uma ocorrência bem regular, mas não está associada a um desejo de encontrar parceiro(s) sexual(is). Alguns ocasionalmente se masturbam, mas não sentem vontade de compartilhar sua sexualidade fisicamente com outra pessoa. Outros assexuais não sentem excitação sexual alguma (ou muito pouca). Como nós não nos importamos com o sexo, assexuais geralmente não vêm a falta de excitação sexual como um problema a ser corrigido, e focam suas energias em aproveitar de outras maneiras de excitação e prazer.

 Depoimentos

“O sexo me enoja”, diz Michael Doré, 28 anos, matemático. Michael diz ser um assexuado convicto e que nem pensa em transar, ainda mais nos dias de hoje que o sexo é praticamente uma obrigação. Os assexuados são de todas as partes do mundo, sendo totalmente capazes de fazer sexo mas, sem nenhuma vontade para a coisa.

Os assexuados tem o apoio da AVEN (Assexual Visibility and Education Network), que é uma rede que luta pela visibilidade dos assexuados. Essa turma frequenta passeatas gays com o objetivo de lutar contra o preconceito em relação aos que não gostam de transar, há desde aqueles que o faziam por obrigação para não perder o parceiro.

De acordo com Elisabete Oliveira, socióloga, existem dois grupos de assexuais, os românticos e os não românticos. O primeiro grupo pode se apaixonar, casar e ter filhos, a única diferença é que não terá sexo envolvido, já o segundo grupo não é apto a se apaixonar e sente repulsa de carinhos.

Esses dois grupos ainda podem ser classificados como libidinosos ou não, de acordo com Keith Walker, 37 anos “Ser assexual não significa, necessariamente, não ficar excitado. Muitos de nós se masturbam, mas não estabelecem relação entre isso e o sexo. É apenas uma maneira de relaxar e aliviar o stress”.

Segundo Tânia Mauadie Santana, psicóloga, nos dias de hoje é comum que a libido, energia antes canalizada para o sexo, seja voltada para outras áreas da vida, como trabalho, estudos e até mesmo para a comida.

Segundo o psiquiatra Alexandre Saadeh, a assexualidade só requer tratamento quando gera sofrimento. “Se a falta de desejo ou o excesso dele impedir alguém de ser feliz, aí, sim, deve-se falar em tratamento. Caso contrário, não há por quê”, afirma o médico.

O site Refúgio Assexual, criado pelo pernambucano Julio Neto, 19 anos, tem como objetivo discutir o assunto e conviver com pessoas “iguais”.

“Até os 11 anos de idade, eu e meus amigos éramos todos parecidos, brincávamos das mesmas coisas e tínhamos ‘nojo’ de beijo de língua e sexo. Aos 12 anos, esses mesmos garotos passaram a ficar fascinados por mulheres. Falavam sobre elas o tempo todo, idealizavam como seria transar e folheavam revistas de sacanagem. Eu não conseguia entender o que, de uma hora para outra, havia mudado tanto entre eles. Na minha cabeça, havia a possibilidade de que, cedo ou tarde, eu também fosse me sentir como eles. Cheguei a pensar que era gay. Mas, se as mulheres não me atraiam sexualmente, os homens, muito menos. Então, aos 16 anos, quando todos meus amigos e amigas só falavam e pensavam em sexo, passei a me considerar assexual. E, temendo o estranhamento das pessoas, guardei comigo esse segredo” explica Michael Doré.

Ele conta que viveu episódios dolorosos de bullying na escola, os amigos o excluiram da turma, por o acharem homossexual, quando na verdade não sabiam a diferença entre homossexualidade e assexualidade. Ele diz ainda que espera encontrar uma parceira assexual como ele, para que ele possa manter um relacionamento, sem sexo, é claro!

“Tenho 32 anos, estou solteira e sou formada em pedagogia, mas trabalho em um projeto ambiental do estado de Minas Gerais. Fui filha única até os 23 anos de idade, quando nasceu meu irmão do segundo casamento da minha mãe. Coincidência ou não, foi nesse mesmo ano que perdi minha virgindade. Fui uma adolescente tardia. Até os 14, brincava com Barbies, hoje, algo impensável para a nova geração. Mas não foi por isso que demorei para transar. Sempre desconfiei que havia algo diferente comigo. Não sentia o prazer que minhas amigas diziam sentir quando saíam com rapazes. Achava que tinha algum tipo de problema e, por ser muito jovem, não conseguia conversar sobre isso com ninguém. Sofria sozinha. E, como imaginei que aconteceria, odiei o sexo desde a primeira vez. Foi com um namorado da época. Eu gostava dele, adorava beijá-lo, fazer e receber carinho. Teoricamente, todos os ingredientes necessários para dar certo. Mas, sem sexo, não deu. Por mim, passaria o resto da vida sem transar e seria feliz! Mas gosto de namorar e, infelizmente, é quase impossível encontrar, pelo menos aqui no Brasil, alguém igual a mim. Até por isso não consigo entrar em um relacionamento sério há cinco anos. Isso significaria enfrentar uma pressão enorme para transar e, fatalmente, me deixaria infeliz. Sei que meu problema não é físico. Já fui a médicos, fiz várias contagens hormonais e não há absolutamente nada errado comigo” afirma Rosângela Pereira dos Santos, 32 anos, pedagoga.

Ela conta ainda que atinge o orgasmo apenas se estimulando sozinha e que gosta de sair para jantar, ir ao cinema, fazer carinho e beijar, mas não suporta tudo que envolve a genitália, como sexo oral e penetração. E que infelizmente não tem um relacionamento porque é muito dificil encontrar alguem assexual como ela.

“Descobri que sou assexual há seis anos. Meu primeiro casamento tinha acabado de terminar. Ficamos quatro anos juntos, mas, nesse tempo todo, só transamos umas cinco vezes. Depois de casarmos, no entanto, minha ex-mulher não conseguiu mais lidar com minha falta de interesse em sexo. E, para falar a verdade, eu também não. Me sentia como um peixe fora d’água, não só pela cobrança de minha mulher, mas porque todos os meus amigos e familiares tinham uma vida sexualmente ativa e, como a maioria das pessoas, viviam falando disso. Não sou impotente. Pelo contrário, ficar excitado é algo perfeitamente normal para mim, basta concentração. O que não tenho é tesão. A ejaculação, para muitos assexuais, é uma simples forma de alívio físico. E é justamente o que acontece comigo. Eu era apaixonado pela minha ex-mulher, mas não sentia desejo por ela (como não sinto, aliás, por ninguém). Não conseguimos entrar em um acordo saudável para ambos, e o relacionamento terminou. A partir daí, resolvi procurar apoio na internet, buscando pessoas como eu e, assim, fazer parte de um grupo, finalmente” relata Keith Walker, 37 anos.

Ele conta que depois que conheceu a AVEN se sentiu melhor pois todos o entendiam e aceitavam. E que foi através das reuniões de grupo que ele conheceu sua atual esposa, que de acordo com ele é linda, doce e é como ele, uma assexual. Eles estam casados há três anos e pretendem ter filhos.

“Se decidirmos ter filhos naturais, não vejo por que não fazer sexo para engravidar. Nesse caso, não estaríamos nos divertindo, estaríamos apenas procriando. Não sou incapaz de fazer sexo. Pelo contrário, é uma opção não praticá-lo. E isso é muito libertador.”Publicou o site Tvabcd.
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011 0 comentários By: Fredolento

TOC: Obsessão

Você sabia que segundo a Organização Mundial da Saúde, no Brasil existem mais de quatro milhões de pessoas com esse transtorno?
E este mesmo transtorno está entre as dez maiores causas de incapacitação profissional? Pois é... Isto não é brincadeira, e em outras palavras, deve ser diagnosticado e tratado o quanto antes.
A característica básica do transtorno obsessivo-compulsivo é a recorrência de pensamentos obsessivos, que mantêm a pessoa em um clima de ansiedade até a realização de atos compulsivos. Se a pessoa não pratica a compulsão, ela teme que algum mal aconteça a si e a outros. 

Querer sentir-se seguro no dia a dia é um desejo normal, para que isto aconteça é preciso ter certos cuidados como seguir regras e evitar situações que possam nos ameaçar. Quando estes cuidados são repetidos excessivamente podemos estar diante de um transtorno comum: o TOC. 
Quais as causas do TOC
      A ciência tem conseguido esclarecer vários fatos em relação ao TOC embora não consiga ainda esclarecer suas verdadeiras causas. Provavelmente concorrem vários fatores para o seu aparecimento: de natureza biológica envolvendo aspectos genéticos, neuroquímica cerebral, lesões ou infecções cerebrais; fatores psicológicos como a aprendizagem; certas formas errôneas de ver e interpretar a realidade próprias dos portadores do TOC, e até culturais.
      Na medida em que as pesquisas avançam tem ficado mais evidente a importância dos fatores de natureza biológica. As evidências neste sentido são o fato de o TOC ocorrer após traumatismos, lesões ou infecções cerebrais; ser muito comum que numa mesma família existam vários indivíduos acometidos sugerindo uma predisposição genética. Além destes fatos foi sobretudo importante a descoberta de que determinados medicamentos que estimulam de alguma forma a assim chamada função serotonérgica cerebral reduzem os sintomas de TOC. Este último fato nos faz pensar que possa existir um distúrbio neuroquímico do cérebro envolvendo o funcionamento das vias nervosas que utilizam a serotonina (substância que existe naturalmente no cérebro) para transmitir seus impulsos.
      Observou-se ainda que certas zonas cerebrais são hiperativas em portadores de TOC, isto é, funcionam mais do que em indivíduos normais (na parte frontal - região periorbital, em regiões mais profundas do cérebro - gânglios ou núcleos da base). Esta hiperatividade tende a se normalizar tanto com o tratamento farmacológico bem como com a terapia cognitivo-comportamental. Como se vê, são evidências, embora muito genéricas, para a hipótese de que existe algum tipo de disfunção neuroquímica no funcionamento cerebral.
Supõe-se ainda que fatores ligados ao tipo de educação (mais ou menos severa ou exigente, incutindo culpa ou não), ao tipo de cultura social e familiar, possam também influir sob a forma de crenças e regras que regem a vida da pessoa criando uma espécie de terreno propício para o surgimento do transtorno. Por estes motivos usualmente se associam aos medicamentos, terapias psicológicas - a terapia cognitivo-comportamental no seu tratamento.

Howard, de 'O Aviador', sofria com o Transtorno Obsessivo Compulsivo
Mania de deixar os quadros alinhados, fazer o sinal da cruz toda vez que passa por uma igreja ou lavar as mãos várias vezes durante o dia, podem ser alguns dos rituais que a pessoa está acostumada a fazer. Mas, quando essas obsessões tornam-se frequentes e começam a interferir na vida social e profissional, pode ser sinal de TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo). A Associação Brasileira de Psiquiatria estima que de 1% a 3% das pessoas tenham a patologia. Quem não se lembra do filme Melhor é Impossível, em que o escritor Melvin Udall, interpretado por Jack Nicholson – a atuação rendeu a ele o Oscar de melhor ator – caminha pelas calçadas pulando as listras do piso? 
Geralmente, quem tem TOC apresenta essas manias por medo. Medo de contrair doenças, de cometer falhas, de ser responsável por algum acidente ou qualquer outra situação ruim em sua vida.


1- O que é o TOC? 

O TOC é um transtorno mental incluído entre os chamados transtornos de ansiedade.

2- Quais são os seus sintomas?

Seu sintoma principal é a presença de obsessões que são acompanhados de ansiedade ou desconforto, e das compulsões ou rituais realizados para reduzir a aflição que acompanha as obsessões.

3- O que são obsessões? 

Obsessões são pensamentos ou impulsos sentidos como estranhos ou impróprios, que invadem a mente de forma repetitiva e persistente. Podem ainda ser imagens, palavras, frases, números, músicas, etc.

4- Quais as obsessões mais comuns?

• Preocupação excessiva com sujeira, germes ou contaminação

• Dúvidas quanto a fechar o carro, o gás, etc

• Preocupação com simetria, exatidão, ordem, seqüência ou alinhamento

• Pensamentos, imagens ou impulsos de ferir, insultar ou agredir outras pessoas

• Pensamentos, cenas ou impulsos indesejáveis e impróprios, relacionados a sexo (comportamento sexual violento, abusar sexualmente de crianças, falar obscenidades, etc.)

• Preocupação em armazenar, poupar, guardar coisas inúteis ou economizar

• Preocupações com doenças ou com o corpo

• Religião (pecado, culpa, escrupulosidade, sacrilégios ou blasfêmias)

• Pensamentos supersticiosos: preocupação com números especiais, cores de roupa, datas e horários (podem provocar desgraças)

• Palavras, nomes, cenas ou músicas intrusivas e indesejáveis

5- As obsessões interferem no estado emocional das pessoas? 

Sim, obsessões são pensamentos, e já sabemos que os pensamentos determinam nossas emoções; geralmente as pessoas sentem ansiedade, medo, aflição, angústia, culpa ou desprazer.

6- O que as pessoas com TOC fazem para lidar com essas emoções? 

Elas tentam neutralizar esse desconforto realizando rituais ou compulsões, ou através de evitações (não tocar, evitar certos lugares).

7- O que são compulsões ou rituais? 

São comportamentos ou atos mentais voluntários e repetitivos, executados em resposta a obsessões, ou em virtude de regras que devem ser seguidas rigidamente.

8- Quais as compulsões mais comuns? 

• De lavagem ou limpeza

• Verificações ou controle

• Repetições ou confirmações

• Contagens

• Ordem, simetria, seqüência ou alinhamento.

• Acumular, guardar ou colecionar coisas inúteis (colecionismo), poupar ou economizar.

• Compulsões mentais: rezar, repetir palavras, frases, números.

• Diversas: tocar, olhar, bater de leve, confessar, estalar os dedos.

9- Existem compulsões mentais que a pessoa faz e ninguém percebe? 

Sim, elas são realizadas mentalmente e não mediante comportamentos motores, observáveis. Elas têm a mesma finalidade: reduzir a aflição associada a um pensamento. Alguns exemplos:

• Repetir palavras especiais ou frases

• Rezar

• Relembrar cenas ou imagens

• Contar ou repetir números

• Fazer listas

• Marcar datas

• Tentar afastar pensamentos indesejáveis, substituindo-os por pensamentos contrários.

10- Existe mais algum tipo de compulsão? 

Não são bem compulsões de fazer, mas de não fazer; são chamadas de evitações.

11- Quais são estas evitações? 

• Não tocar em trincos de portas, corrimãos de escadas ou de ônibus; não tocar nas portas, nas tampas de vasos, descargas ou torneiras de banheiros (ou usar um lenço ou papel para tocá-los);

• Isolar compartimentos e impedir o acesso dos familiares quando estes chegam da rua; obrigá-los a tirar os sapatos, trocar de roupas, lavar as mãos ou tomar um banho quando chegam da rua;

• Restringir o contato com sofás (cobri-los com lençóis, não sentar com a roupa da rua ou com o pijama);

• Não sentar em bancos de praça ou de coletivos;

• Não encostar roupas usadas “contaminadas”, nas roupas “limpas” dentro do guarda-roupa;

• Evitar sentar em salas de espera de clínicas ou hospitais (principalmente em lugares especializados em câncer ou AIDS);

• Não usar talheres de restaurantes ou de outras pessoas da família;

• Não usar telefones públicos;

• Não cumprimentar determinadas pessoas (mendigos, aidéticos, pessoas com câncer, etc.);

• Não utilizar banheiros que não sejam os da própria casa;

• Evitar pisar no tapete ou piso do banheiro em casa ou no escritório;

12- As compulsões e os rituais curam a pessoa que tem o TOC?

Não. As compulsões aliviam momentaneamente a ansiedade associada às obsessões, levando o indivíduo a executá-las toda vez que sua mente é invadida por uma obsessão.

Por outro lado, em vez de enfrentar as obsessões que geram seus medos seus medos a pessoa faz com que eles se perpetuem, tornando-se ao mesmo tempo prisioneiro das suas compulsões e dos seus rituais.

13- As compulsões tem uma conexão com a realidade?

Assim como as obsessões podem ser ilógicas também as compulsões podem não ter uma conexão com a realidade que desejam prevenir:

Por exemplo: alinhar os chinelos ao lado da cama antes de deitar para que não aconteça algo de ruim no dia seguinte; dar três batidas em uma pedra da calçada ao sair de casa, para que a mãe não adoeça.

Isto acontece nesses casos,porque por trás desses rituais existe um pensamento ou obsessão de conteúdo mágico, muito semelhante ao que ocorre nas superstições.

14- O TOC torna a vida das pessoas mais dificeis?

Sim, por exemplo, é comum, em portadores do TOC, a lentidão ao executar tarefas.

Essa lentidão pode ocorrer em razão de dúvidas, repetições para “fazer a coisa certa ou exata...” (tirar e colocar a roupa várias vezes, sentar e levantar, sair e entrar, etc.), verificações repetidas (trabalho, listas, documentos), banho demorado, tempo demasiado para se arrumar (perfeccionismo), ou do adiamento de tarefas devido à indecisão (necessidade de ter certeza).

15- Há conseqüências na convivência familiar?

Sim, as pessoas com TOC podem fazer exigências que vão causar conflitos constantes comprometendo a harmonia conjugal e familiar. Vamos pensar nas pessoas que tem preocupações excessivas com sujeira, doenças e contaminação:

Uma paciente obrigava seus familiares a trocarem a roupa ou os sapatos para entrar em casa;

Outra obrigava o marido a tomar um banho imediatamente antes das relações sexuais;

Uma terceira obrigava o marido a lavar a boca antes de lhe dar um beijo ao chegar da rua e

Outra exigia que seu filho de dois anos usasse luvas para abrir a porta

16- Quais as causas do TOC? 

Até o presente momento, ainda não foram esclarecidas as verdadeiras causas do TOC. Evidências apontam diversos fatores de ordem biológica (envolvendo especialmente o funcionamento cerebral) e de ordem psicológica que contribuem para o aparecimento e para a manutenção dos sintomas.

17- O TOC é considerado uma doença grave?

Sim, o TOC é considerado uma doença mental grave por vários motivos: está entre as dez maiores causas de incapacitação, de acordo com a organização Mundial de Saúde; acomete preferentemente indivíduos jovens ao final da adolescência – e muitas vezes começa ainda na infância -, sendo raro seu início depois dos 40 anos; geralmente é crônica e se não tratada, na maioria das vezes seus sintomas se mantêm por toda a vida.

18- O TOC é uma doença rara?

Não, o TOC é uma doença bastante comum, acometendo aproximadamente um em cada 40 ou 50 indivíduos.

No Brasil, é provável que existam entre 3 e 4 milhões de portadores. Muitas dessas pessoas, embora tenham suas vidas gravemente comprometidas pelos sintomas, nunca foram diagnosticadas e tampouco tratadas.

Talvez a maioria desconheça o fato de esses sintomas constituírem uma doença para a qual já existem tratamentos bastante eficazes.

19- Quais os tratamentos indicados para o TOC? 

Os tratamentos mais efetivos para o TOC incluem alguns medicamentos e também a terapia cognitivo-comportamental.

A hipótese de que as aprendizagens errôneas desempenham importante papel no TOC consiste na base do chamado modelo cognitivo-comportamental reduzir seus efeitos constitui forte evidência a favor dessa hipótese ou modelo.

Esta reduz ou elimina os sintomas em mais de 70% dos pacientes. A terapia ainda é um método pouco conhecido e pouco utilizado em nosso meio. 

Fonte de pesquisa : Revista Vida e Saúde
                          http://www.diaadiarevista.com.br/News/11/59/toc-obsessao.aspx

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011 0 comentários By: Fredolento

AMIZADE; conseguimos viver sozinhos?

 O QUE NOS TORNOU AMIGOS


 Pura, sincera, desinteressada. A amizade não nasceu assim. Mas um improviso do cérebro mudou tudo: criou um novo tipo de relação, que revolucionou a convivência entre as pessoas - e fez a humanidade ser o que é hoje.


 Tudo começou por puro interesse. Quando os primeiros macacos se tornaram amigos, aos outros em lutas contra rivais, no caso dos machos, e cuidar ,melhor dos filhotes, no caso das fêmeas. A amizade não passava de uma troca de favores. Agora pense nos dias de hoje: com você e seus amigos, não é assim. Você tem amigos simplesmente porque gosta de estar na companhia deles, certo? Errado. Você continua fazendo amizades por puro interesse - no caso, alimentar o seu cérebro com uma substância chamada ocitocina.
 A ocitocina é responsável pelo afeto que a fêmea desenvolve pelo macho, e pelo amor incondicional que ela tel pelos seus filhos. Ou seja: é a ocitocina que fez, que faz, a espécie se reproduzir com sucesso.
 Em algum momento da Pré-História, a relação com estranho passou ser necessária.
 Expêriencias feitas na Universidade da Califórnia comprovaram que, quando você conhece uma pessoa que lhe pareça confiável, o nível de ocitocina no seu cérebro aumenta. Isso faz com que aquela pessoa. Ou seja: graças à ocitocina, o cérebro aprendeu a transformar algo que era necessário à sobrevivência - a cooperação - em prazer.
 A amizade afeta os sexos de maneira diferentes. As mulheres produzem mais ocitocina do que os homens. E isso faz com que seu cérebro se organize para ter amizades profundas. Existe amizade entre homens e mulheres(sem envolver sexo)? Existe e não existe. Por um lado, a origem desse sentimento é inegavelmente sexual. A amizade entre homens e mulheres nasceu para facilitar a reprodução e a  criação dos filhotes. E ela é alimentada pela ocitocina - que é liberada durante o sexo. Por outro lado, a evolução nos tornou capazes de separar as coisas. Isso porque, quando a ocitocina adquiriu sua função social (facilitar a aliança entre pessoas do mesmo sexo), o cérebro humano também mudou. Ele ganhou muito mais receptores de ocitocina, que foram se espalhando por várias regiões cerebrais - inclusive com aquelas que não tem nada aver com os desejos sexual. Por isso, a ocitocina que é liberada quando você está com amigos (seja do mesmo sexo, seja oposto) não produz o mesmo efeito do que a ocitocina que é liberada quando você está namorando ou fazendo sexo. É diferente.
 Ter amigos só traz benefícios. Quanto mais, melhor. Mas há um limite. Um estudo feito na Universidade de Oxford comparou o tamanho do cérebro humano, mais precisamente do neocórtex ( área responsável pelo pensamento conciente), com o de outros primatas. Ele cruzou essas informações com dados sobre a organização social de cada uma das espécies ao longo do tempo. E chegou a conclusão reveladora: 150 é o maximo de amigos que uma pessoa consegue ter ao mesmo tempo.
 Para que você mantenha uma amizade com alguém, precisa memorizar informações sobre aquela pessoa (desde o nome até pequenos detalhes da personalidade dela). Por algum motivo, o cérebro não comporta dados sobre mais de 150 pessoas. Os relacionamentos que extrapolam esse número são inevitavelmente mais casuais. Não são amizades.Fazer amigos é um instinto mais forte que você.


  A COISA MAIS IMPORTANTE DA VIDA

  Os amigos são o principal indicador de bem-estar na vida de alguém. Ter laços fortes de amizade aumenta nossa vida em até 10 anos e previne uma série de doenças. Pessoas com mais de 70 anos têm 22% mais de chance de chegar aos 80 se mantiverem relações de amizades fortes e ativas - e ter amigos ajuda mais nisso do que ter contato com familiares. Existe até uma quantidade mínima de amigos para que você fique menos vulnerável a doenças, segundo pesquisadores da Universidade Duke.Quatro.Gente com menos de 4 amigos tem risco dobrado de doenças cardíacas, reduz os batimentos cardíacos e a pressão sanguínea, o que diminui a probabilidade de ataques cardíacos e derrames. E pesquisas feitas nos EUA constataram que a ocitocina também aumenta os níveis no sangue de interleucina, componente do sistema imunológico que combate as infecções.
 Se as amizades forem novas é ainda bem melhor. A ocitocina dá impulso inicial às relações e, depois de algum tempo, cede o lugar para o sistema memória, que age mais rápido. Há estudos comprovando que amigos antigos não estimulam a liberação de ocitocina (a não ser quando você os reencontra depois de muito tempo longe).
 Uma pesquisa da Universidade de Princeton revelou que as pessoas consideram seu tempo com os amigos mais agradável e importante do que o tempo gasto com a família. O dinheiro que você ganha no trabalho, durante o tempo em que não está com os amigos, tampouco compensam a falta deles.
 O economista Andrew Oswald, da Universidade de Warwick, criou uma fórmula para calcular quanto dinheiro seria preciso ter para compensar a falta de amigos e chegou a conclusão: ganhar um amigo equivale a receber R$ 134 mil a mais no salário anual. Peça isso de aumento na próxima vez em que você tiver que fazer hora extra e não poder encontrar seus amigos no bar. Ou então, faça mais amigos no próprio trabalho. Quem tem um amigo no trabalho se sente 7 vezes mais envolvido com o que faz, 50 % mais satisfeito e até duas vezes mais contente como pagamento que recebe.
 Os sociólogos Nicholas Christakis e James Fowler perceberam que vários dos principais comportamentos humanos se espalham pelas nossas redes como se fossem um vírus, tendo os amigos como transmissores. Quando uma pessoa se torna obesa, seus amigos têm 45% mais risco de engordar. Amigos de amigos também poder ser afetados. Uma pessoa tem 20% mais probabilidade de ficar obesa se um amigo do seu amigo ficar, e 10% de risco se isso acontecer com o amigo de um amigo de um amigo. Nós imitamos inconsciente alguns gestos e atitudes das pessoas ao nosso redor.
 Se isso significa que amigos trazem felicidade, também podem aumentar suas chances de entrar numa depressão. Sabe aquelas pessoas que estão sempre demal, reclamando, e parecem sugar a energia das pessoas em volta? Cada amigo triste, segundo as equações de Christakis e Fowler, coloca você 7% mais para baixo. Mas a felicidade, felizmente, é muito mais potente: ter um amigo contente aumenta a sua chance de ficar feliz em 15,3% - e, a partir dele, cada pessoa alegre contribui com mais 9,8%.


COMO A INTERNTE ESTÁ MUDANDO A AMIZADE

 Qual é a primeira coisa que faz quando entra na internet? Checa o e-mail, dá uma olhadinha no Twitter, confere as atualizações dos seus contatos no Orkut ou Facebook? Há diversos estudos comprovando que interagir com outra  pessoas,principalmente com amigos, é o que mais fazemos na internet.
 Uma pesquisa feita pela Universidade de Toronto constatou que a internet faz você ter mais amigos - dentro e fora da rede.
 E os chamados heavy users, que passam mais tempo na internet, foram os que ganharam mais amigos no mundo real - 38% mais. Já quem não usava a internet ampliou suas amizades em apenas 4,6%.
 As redes sociais têm o poder de transformar os chamados elos latentes (pessoas que frequentam o mesmo ambiente social que você,mas não são suas amigas) em elos fracos uma forma superficial de amizade.
 Os sites sociais como Orkut e Facebook tornam mais fácil fazer, manter e gerenciar amigos. Mas também influem no desenvolvimento das relações - pois as possibilidades de interagir com outras pessoas são limitadas pelas ferramentas que os sites oferecem. "Você entra nas redes sociais e faz o que elas querem que você faça: escrever uma mensagem, mandar um link, cutucar", diz o físico e especialista em redes Augusto de Franco, que já escreveu mais de 20 livros sobre o tema.
 No Twitter, eu posso te seguir sem que você tenha que autorizar isso, ou me seguir de volta. É uma rede social completamente assimétrica.
 É o seguinte. Eu posso me interessar pelo que você tem a dizer e começar a te seguir. Nós não nos conhecemos. Mas você saberá quando eu o retuitar ou mencionar seu nome no site, e poderá falar comigo. Meus seguidores também podem se interessar pelos seus tuítes e começar a seguir você. Os seus seguidores podem ter curiosidade sobre mim e entrar na conversa que estamos tendo. Em suma: nós continuaremos não nos conhecendo, mas as pessoas que estão a nossa volta estabelecem vários níveis de interação - e podem até mesmo virar amigas entre si.
 Um estudo está sendo realizado na Universidade da Califórnia começou a desvendar que efeito que as redes sociais produzem no organismo. Os primeiros resultados mostraram que tuítar estimula a liberação desse hormônio, e consequentemente  diminui os níveis de hormônios como cortisol e ACTH, associados ao estresse.
 Isso significa que o cérebro pode ter desenvolvido uma nova maneira de interpretar as conversas no Twitter. "O cérebro entende a conexão eletrônica como se fosse um contato presencial", diz Paul Zak. Isso seria uma adaptação evolutiva ao uso da internet. "O sistema de ocitocina está sempre se ajustando ao ambiente em que você está", diz. "Pode ser que, de tanto interagir em redes sociais, as pessoas estejam se tornando mais sintonizadas para a amizade.


 Fontes: How Many Friends Does one person Need? Robin Dunbar, Harvard University Press, 2010.
                  Vital Friends, Tom Rath, Gallup Press, 2006.
                  Seis Graus de Separação, Duncan Watts, Leopardo Editora, 2009.
                 O Poder das Conexões, Nicholas Christakis, Editora Campus, 2009.